segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O Ato de Pintar



Para o artista, pintar é colocar sobre um elemento físico o que permeia sua imaginação. O artista está em constante estado de criação, sua mente é povoada por inúmeras idéias criativas ao mesmo tempo. Independente do que esteja fazendo nas atividades do dia a dia, sua mente passeia pelas criações que surgem como flashes o tempo todo. Então o elemento físico (a base) onde ele vai extravasar o que sua mente cria pouca importância tem neste momento.
A falta de uma tela não impede a criação. Nas obras abaixo, foram usados inúmeros tipos de base para que a arte passasse do plano mental para o plano físico. Madeira, ferro, tecidos e pigmentos de diversos tipos (o que estiver à mão), são usados neste ato imagens mentais (quase psicografadas) que às vezes são rápidas pinceladas às vezes tornam o exercício de pintar um longo e às vezes doloroso processo que pode demorar meses, até que ele conclua que sua obra por fim está acabada, pronta para ser exposta, não somente para o público, mas principalmente para ele mesmo.
Todo artista é um crítico contumaz de sua criação, é muito difícil que ele aceite que uma obra está realmente concluída.











Pintura sobre chapa de ferro e tinta a óleo.




















Como pode-se observar neste detalhe, o elemento tridimencional, transforma o quadro praticamente em uma peça escultural.


























Na obra abaixo, o elemento usado foi retalho de compensado sobre base de ferro. Usei também outros elementos como tecido, cola e areia além de tinta a óleo usada diretamente da bisnaga aplicada sem o uso de pincel, sobrepondo cores e dando textura policromadas a peça.













































Nesta obra use inúmeros pedaços de madeira cilíndrica cortada em ângulos diversos, para dar efeito de profundidade à peça, além de pigmentos usados diretamente da bisnaga sem adição de tinta ou uso de pinceis.












































Sobre estrutura de ferro, surgem recortes de madeira de grossura considerável para o tamanho da peça, em contraste com elementos suaves e leves como o nylon e pigmentos aplicados diretamente da bisnaga sem adição de tinta. O ferro colocado em arcos, também dá a esta obra, ares esculturais.



















































Adoro trabalhar com o ferro, ele tem vontade própria, às vezes recusa-se a ser moldado como eu quero, às vezes é maleável e suave como um caramelo. Neste trabalho usei inúmeros elementos escultóricos, tela de ferro, fios de cobre, relevos dados pelo uso da solda elétrica como base para fazer recortes e detalhes na peça, além de tinta a óleo e verniz para dar cor e acabamento ao trabalho.
































Como pode-se observar nestas obras, o uso de elementos tridimensionais está sempre presente em meus trabalhos, dando movimento e vida as peças sempre únicas, como um filho. Nunca repito uma estrutura ou sigo uma “fase” como muitos artistas usam para denominar uma série de trabalhos parecidos. Eu procuro exaurir todas as possibilidades criativas de forma, cor e dimensão numa única peça gerando assim somente peças únicas que mantém sua personalidade própria e individual.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Esculturas e o Trabalho Tridimensional.

O grande obstáculo em se fazer uma escultura está primeiramente em sua forma tridimensional, é preciso analisar o material empregado para saber da possibilidade de esculpi-lo como desejamos.


















A escultura não aceita erros, é impossível recolocar no lugar um pedaço de material cortado errado.
Eis aí a grande dificuldade da escultura.




















Trabalho com o chamado concreto celular, (Concreto celular é um tipo de concreto produzido através da mistura de cimento, cal e areia (componentes comuns da argamassa) com pó de alumínio que, através de cura, se expande formando poros). material de fácil manuseio, mas com enorme facilidade de erro no corte. É um material poroso e leve.























Gosto do resultado que ele proporciona a peça, depois de lixada, pois ela têm textura aveludada e toque delicado.







































































































Em minhas peças procuro dar diversos ângulos de visão ao expectador, fazendo-o transitar por elas como em um caleidoscópio, a cada giro, uma imagem diferente e inusitada.







quarta-feira, 16 de novembro de 2011

MEU NETO ROQUEIRO




















Felipe é uma criança (digo, pré-adolescente), se não ele me mata, muito especial.
Já antes de nascer escutava uma música que seu pai fez para ele e tocava ao piano sempre que ele estava agitado na barriga da mãe.
Quando ele nasceu, era só chorar um pouquinho e lá ia o pai ao piano para acalmar o pequeno Felipe.
Ele sempre foi muito a nossa casa, já aos 8 meses estava na escolinha e nós o pegávamos lá e levávamos para nossa casa até que a mãe retornasse do trabalho.
Em nossa Casa o Rock “corre solto”. A primeira coisa que fazemos ao acordar é ligar o som que fica ligado mesmo quando não estamos em casa.
Então, Felipe convive com nossa “veia roqueira”.
Quando os pais tinham algum compromisso social e o Felipe tinha que dormir lá em casa, para que não percebesse a ausência dos pais, saíamos com ele de carro, tocando rock até que ele dormisse e só então voltávamos para casa, pé ante pé para ele não acordar.
A Luciana, mãe do Felipe, colocava o cadeirão dele na frente do piano e aos 6 meses ele já fazia suas “audições”.
















Ele cresceu assim, e toca piano de ouvido. É fã de roqueiros famosos como Joe Satriani, Santana, Kiss, Fred Mercury. Quando vamos Pega-lo no Colégio sempre fala: - Vô põe o Joe Satriani aí.











































































No dia das crianças ele me pediu para fazer a Banda Restart (que ele “esconde” dos amigos que se souberem vão zombar dele).
Mas, ele queria a banda em detalhes, guitarras, baixo, bateria.
Lá fui eu pesquisar como fazer tais instrumentos.
Por fim um dia me pediu: - Faz eu também!
E, é por isso que na Banda tem um lindo rapazinho de olhos grandes e azuis, o Felipe.




































































 
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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

COM OS AROMAS DO NATAL


Sempre gostei do Natal, aquela correria atrás dos presentes, compras para a ceia e o almoço com a família, os pacotinhos com embrulhos caprichados.
Minha mãe não gosta, sente saudades da família que mora longe e nunca se encontra nessa época. Mas eu criança e hoje adulta ADORO!
Minha cabeça fica povoada de amor esperança de dias melhores, de fartura na mesa, de reunir os irmãos, filhos netos e sobrinhos para um tumultuado e barulhento “amigo Secreto”, também tem a nostalgia de pensar nos que se foram, tão abruptamente, mas com certeza estão junto conosco na alegria do Natal.
























Por isso minha criatividade “flui” e ondas de imaginação e idéias povoam minhas noites e meus dias.
E, foi assim que crie estas peças exclusivas, como sempre, para o Bazar da Val.
O uso inusitado do arame como base para a guirlanda. Os biscoitinhos de tecido, cada detalhe pensado com muito carinho.
Não fazemos peças iguais, para que todos que as possuam tenham a certeza de serem os únicos a ter aquela peça. Acho isso um diferencial Bacana nos nossos produtos.














































































































A reciclagem sempre está presente em nossas criações. Um retalhinho aqui, uma folhinha de louro do quintal, um cone de linha que vira uma linda árvore de Natal.
Como ajudantes de Papai Noel, seguimos por estes meses que antecedem o Natal, sempre pensando, criando e pondo em prática idéias que povoam nossas mentes sempre criança, mesmo aos cinqüenta.






























Os cartões com o preço e as embalagens, além de artesanais são resultado de reciclagem de caixinhas e rolos de papel toalha e retalhos, tudo pensando no Planeta limpo.

































































































































































domingo, 13 de novembro de 2011

ADORO! XÍXARAS!

Não sei bem porque, mas as xícaras me fascinam. Deve ser alguma lembrança de infância.
Na casa da minha avó, havia uma cristaleira com xícaras dos mais diversos tipos: douradas com figuras de damas antigas, lilás com rosas pintadas, em formato de flores cor de rosa, lindas!!
Acho que para mim xícara significa nutrição, nutrição pelo alimento, nutrição pela curiosidade de cada peça, nutrição de idéias.


































































































































































































Por isso, usando o preceito: reutilizar criei este agulheiro, tendo como ponto de partida uma garrafa de Coca-Cola 2 litro. Usei a parte do gargalo. Tirei o bico, fiz um fundo usando o PET da própria garrafa e fiz a papietagem. Depois de bem seca, passei 2 de mão de massa acrílica, lixei e "voilà". Ficou linda!

Hoje ela está la no Bazar da Val